sábado, 24 de dezembro de 2011

Em Todo Natal.

Em todo, sempre, não há exceções; eu lembro de como era bom. A mesa cheia de parentes, sorriso nos rostos, fartura. O que nem sempre era importante era quem estava presente, mas quem fazia especial do fim ao começo.
Quem me abandonou tão cedo e não sairá da memória facilmente.
E quando chega essa época na qual  ela era mais presente na vida de todos, mais especial e mais brilhante, sou eu quem sente por você ter passado em minha vida tão brevemente. Nenhum de meus primos será capaz de sentir uma gota deste oceano que eu sinto.
A mesa que ela preparava com capricho, o meu cabelo que penteava e aquele vestido amarelo que gostavas tanto, o cheiro de canela que invadia o quarto todas as manhãs, até o seu beijo de ''boa noite' que me dava no rosto. Eu guardei, eu vou guardar tudo isso. Quem sabe me torne mais forte, amanhã ou depois.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vem cá, meu ciumento favorito. Deixa eu te mostrar porque és único.

Coloca a mão no meu peito, sinta o quão rápido meu coração pode acelerar e desacelerar, só de estar perto. Talvez isso não seja só besteira adolescente, talvez isso seja um sentimento infindável que carrego aqui.

Então garoto, não tenha medo, não tenha ciúmes. Sou tão tua, quanto você é meu. Confia no que pode sentir que posso te fazer confiar no que nunca sentirás também.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Inspiração Noturna, Pedaços de Amor, Pedaços de Vidas.

''Eu quero construir castelos de areia com você, que as ventanias sejam fracas. E que o castelo seja fortificado. Para que dure, ao sempre.''

''Enquanto crescemos juntos, parece que não pudemos adquirir a mesma força. Porém adquirimos a mesma realidade. Cada um, cada lugar''

''As pessoas me procuram pra falar de seus problemas, e eu só ouço. As vezes fingindo que tá tudo bem, as vezes estando tudo bem mesmo.''

''Ao eterno ficarás, ao eterno até que as luzes se apaguem,e os aplausos á um filme de amor façam jus a nós. Eu e você, de mãos dadas, no fim.''

''Meu tempo era teu,assim como o seu era meu. Não havia espaço para tanta frustração.Sempre mantendo os pés no chão, caminhando em sua direção''


''Parecia ou era uma linha tênue que separava romance de fragilidade?''

''As pessoas não me ouvem, e eu não as ouço mais. Onde eu cheguei, que escuridão mental é essa?''

''Desejaram um tal de elemento químico que não tinha na tabela, despejaram tudo em mim. Agora que eu sei, é o amor.''



''Nem cura pra Aids, nem cura pro cancer. As pessoas procuram mesmo cura para a tristeza, a desilusão. A cura para o choque com a realidade.''

''Nem o maior frio que te faça desistir, mas a grande queda parece incurável.''


''Só quero saber se a tua noite de sono foi boa, se você se alimentou bem. Se a felicidade ainda está em suas entranhas, se o sorriso jovem ilumina a madrugada''


''Mas é que a gente espera sentado até o amor chegar. Depois fica em pé e tudo começa a girar. Assim que lhe dou as minhas mãos aprendo a andar.''

sábado, 12 de novembro de 2011

Curto, pequeno, sucinto, conciso.



Mexia comigo como se fosse um furacão, devastando-me.
E fui entrando na dança, fui entrando naquele abismo de ventania. Quanto mais ia caindo, mais eu ia me preocupando com o que encontraria no fim daquele tunel feito de vento. Quanto mais eu pensava, mais certeza eu tinha de que eu podia encontrar tudo ou nada.


sábado, 22 de outubro de 2011

Degrau por Degrau.


Eu queria degraus, algo para escalar e quando chegasse ao topo e eu pudesse dizer  ‘eu venci  essa tristeza que me corroía’. Eu sei que leva tempo, derrama um pouco de sangue. Mas tem sido diferente, pelo menos para mim.

Os primeiros degraus eram tortuosos, cheios de ciúmes e raiva; muito destrutivo.
Enquanto fui crescendo e minhas pernas foram alcançando o outro bloco, fui deixando pra trás tudo isso que me fazia mal, fui deixando lembranças no passado. E mesmo que algumas ainda me assombrassem, eu ia em frente, crescendo, aumentando a minha perna, para que pudesse elevar quem sou a outro patamar. Assim que cheguei, que consegui subir esse degrau, senti tontura e muitas coisas voltaram. Tentei, escalei novamente e aquela tontura também havia ficado para trás. Nesse degrau  tinha muitas coisas da qual eu me envergonhava, das quais eram necessárias desculpas diretas, para que minhas pernas novamente crescessem.
Então me fui em direção ao topo, degrau por degrau, num caminho sofrível, cheio de tempestades, oásis e passarinhos. 

Nem tudo foram rosas, nada são rosas. Ainda mais aquelas que você pode cheirar, e experimentar no cabelo, consigo elas trazem sempre o veneno. Mas aquela em que você apenas pode admirar, meio que de longe, essa sim me traria a paz. Isso me tornou respeitosa com quem eu sempre quis esquecer, e fez com que fosse minha rosa. A qual eu admiraria bem de longe, respeitaria e se necessário fosse faria de tudo para não murchar, se minha rosa se adoentasse, eu correria, e cuidaria com todo o amor que guardei enquanto escalava degrau por degrau.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Centopéia Humana


A Centopéia Humana.
Duas lindas meninas americanas estão em uma viagem pela Europa. Na Alemanha, elas acabam sozinhas à noite com um carro quebrado no mato. Eles procuram por ajuda e encontram uma moradia isolada. No dia seguinte, elas acordam aprisionadas no porão da casa, uma clínica improvisada assustadora, junto com um japonês. Um homem mais velho alemão identifica-se como um cirurgião aposentado especializado na separação de gêmeos siameses.No entanto os seus três “pacientes” não estão prestes a serem separados, mas unidos em uma operação horrível. Ele pretende ser a primeira pessoa a ligar as pessoas através do seu sistema gástrico, a sua fantasia doente de criar “a centopéia humana”..


A Centopéia Humana II.
A sinopse de A Centopéia Humana II ainda não saiu, mas vendo o Teaser no vídeo, dá pra sentir um pouco do que vem pela frente: terror, nojo, angustia, etc.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Insentimental

Shirley nunca sentia nada, desde que se entendeu por gente. Nunca ódio, amor, medo, insegurança, ansiedade. Nada.
Ela ia para todo lugar, em busca de algo que não sabia o que era. Ia aos restaurantes na Itália, vinha ao Brasil para o carnaval, ia ao Central Park em Nova York, e visitava as belas paisagens da Cidade Luz. Mas nunca, nunca conseguia sentir, nem por um instante.
Acordou, escovou os dentes, lavou o rosto. Tomou o café da manhã, se arrumou. Saiu e foi ao parque caminhar, para ver se sentia pelo menos um bem estar no vento fresco da manhã. Não, ela não sentia nada. Sentou num banco, ficou observando todas aquelas pessoas felizes, namorados, amigos, famílias e todas aquelas pessoas que passavam por ali sorrindo. Então fixou seu olhar em um rapaz não muito jeitoso, de terno, com os cabelos bem arrumados, e com uma meia listrada e outra roxa. Shirley se perguntava: - Por quê? Por que tanto interesse? Continuou olhando toda interessada, quando finalmente não se via mais o rapaz, levantou-se e foi para a casa, com aquela indagação que martelava em sua cabeça. Shirley sabia que estava sentindo algo, mas não sabia o que era. Era um pouco de curiosidade, um pouco de interesse; mas não, ela não sabia o que era isso.
Então todos os dias levantava cedo para ir ao parque observar o rapaz, certo dia o seguiu até em casa, de tanta curiosidade que estava. O rapaz, ainda de nome misterioso percebeu que Shirley o seguia, então a surpreendeu quando ela estava escondida atrás de uma árvore, e perguntou: -Porque me segue? Ela bem sem jeito logo respondeu: -Nada, nada                                             
Os dois ficaram por ali, conversando durante um longo tempo. Trocaram telefones,  conversaram sobre suas vidas, e se apresentaram: Shirley, Jean, Jean, Shirley.
Pela primeira vez Shirley sentiu vergonha, medo, bem estar e animação.
Logo cedinho, no outro dia. Ela acordou, ficou ao lado do telefone o dia inteiro com a sensação de talvez “será que ele me liga, será que não”. O telefone tocou, e uma sensação de alivio lhe tomou o corpo inteiro. Atendeu o telefone, receosa porém feliz. Quem falava era Jean, a convidando para sair. Shirley, logo aceitou, aceitou no impulso de alegria que enchia os olhos de cor e brilho.
Encontraram-se no parque da cidade, se divertiram muito naquele parque de cidade pequena. No fim da noite Jean a levou para casa, e um beijo sob o luar que iluminava a rua pediu a ela. Shirley, com dezoito anos nunca havia beijado ninguém antes. Ficou insegura, mas aceitou. Seguiu a curiosidade, alegria, desespero, insegurança que sentia, seguiu e foi embora. Pegou carona com o amor e nunca mais sentiu o vazio. O que sentia por Jean, enxia a casa de brilho, e todos as noites a lua iluminava o pequenino apartamento onde moravam, que cheia de amor e alegria se diferenciava dos outros lares.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Da Fraqueza Humana

Ouvindo Led Zeppelin em uma aula de matemática, onde adolescentes parecem vir do jardim da infância, e as matérias do primário. A futilidade das garotas que sentam do outro lado da sala me incomoda, mas não posso fazer nada. 

Por enquanto que ouço Starway to Heaven, sinto o mundo desabar atrás de meus ombros, como se todo o problema, caos e destruição estivesssem lá, ouço me chamarem para encara-los de frente, a maior realidade, encarar. Me nego a ir lá, sou fraca demais. Pois sempre acho que meus problemas são maiores do que posso suportar.Enquanto há pessoas que sofrem mais e vivem bem, por não  acharem seus problemas maiores do que possam carregar.

Sou fraca, sou muito debilitada. Sempre tenho medo, sempre me escondo no egoísmo, não consigo mais tirar essa capa, não consigo viver.
Talvez eu acabe velha e amargurada, mas não desejo isso.
Tenho que me levantar e lutar contra o que sou, e o que não sou. Virarei a minha própria heroína

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Escrevendo sobre algo que não sei

Estou confusa, não sei o que escrever. Não sei se sento e me conformo, ou se continuo acreditando no que me fará feliz. É difícil, assim que conhece todos os teus erros, é difícil. Não saberei se existirá algo melhor reservado pro futuro, ou se serei uma daquelas velhas solitárias, gordas com um zilhão de gatos. E se nada der certo? E se tudo der certo? isso vai depender do conjunto de escolhas que farei, e ele chama-se futuro. Mas nada como os dias passando, os meses passando e a vida continuando. E as coisas que te fizeram sofrer ficarem pra trás. Mesmo que o futuro não seja ótimo, esperarei pelo melhor.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

As vezes são coisas que machucam o coração,
que apertam as cicatrizes.
Coisas que são em vão.

As vezes são só coisas que guardamos,
e fingimos esquecer.
Mas quando tudo isso se junta,
pagamos pra ver, qual é a do coração.

Acabamos que ficamos sem eira e nem beira.
E para quem falar que passou, e esqueceu,
será aquilo que eu chamo de asneira.

sábado, 3 de setembro de 2011

Xinga, grita,  bate, quebra, deita e chora.
E nada ameniza os machucados profundos no coração
Vive, pensa, crê, sorri, fala, curte, ouve, namora, tem amigos.
E os machucados cicatrizam, mas ainda estão lá.
Fala neles e dá risada,
mas as cicatrizes nunca somem totalmente.
Essa é a vida, cheia de piadas que um dia não tiveram a maior graça.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tem tanta gente vivendo dentro da gente.


As vezes sou loira, ruiva, morena, mulher, homem, criança, idosa, branca, negra, asiática, alta, baixa. As vezes leitora, as vezes escritora, as vezes analfabeta. Sou presente, passado, futuro ou uma quarta definição de tempo. Sou legal, chata, valentona ou fracassada. Sou música, sou pintora, prático a sétima arte, as vezes desenhista.  Sou carro, moto, televisão, rádio, computador, livro, porta,  parede e chão. Sou Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Paul, John, Ringo, George, Morrissey, John Marr, Bob Dylan, David Bowie, Mick Jagger, Keith Richards. Agatha Christie, Clarice Lispector, Platão, Aristóteles.  Sou ouvinte, sou falante. Sou a gota d’água, sou a tromba do elefante, sou o poeta, sou cientista, sou o Judas, sou parte do universo. Engraçado quanta gente vive na gente, formando um.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Coisas da Vida


Algumas pessoas nunca vão gostar da música que você houve, de como se veste ou se relaciona com os outros. Do modo com que você sorri, ou ri de coisas bobas, de como mexe no cabelo, pisca os olhos, escreve ou fala. Elas também não vão gostar da sua descrença, e nem das pessoas que andam com você.

Sempre haverá um motivo pra alguém fazer piada, pra alguém sentir-se melhor por estar falando mal ou te criticando (mesmo que elas saibam que reclamar do teu cabelo, não vai fazer os delas melhor). Mas pessoas mesquinhas, com atividade cerebral baixa, preconceituosas, que se sentem inferiorizadas nunca vão entender a expressão ‘crítica construtiva’. Vão querer falar pelos cotovelos o quanto você é ruim por não ser igual aos demais, e vão acabar falando desconexamente sobre o teu pé achatado e de repente a sua personalidade.

O restante das pessoas que vão gostar de você são sua família ( pai, mãe, irmãos) e o outro montante são teus amigos que estiveram com você a vida toda, e um amor de verdade. Aquele que vai segurar sua mão bem firme pelo resto de sua vida.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ser irônico é um problema?

Pra mim nunca foi um problema enorme, mas depois que comecei a observar melhor as pessoas percebi que nem todas entendem o que você quer dizer, talvez nem procurem aquele ar irônico em uma frase do tipo: ‘nossa, ele é tão lindo que me apaixonei a primeira vista’.
Quem não te conhece, realmente vai te achar muito estranho(a) por ousar falar algo do tipo, e quem te conhece vai rir. O problema na ironia é o conhecimento que o individuo possa ter da sua personalidade, quanto menos a pessoa te conhecer mais ela vai te achar idiota e quanto mais a pessoa te conhecer ela pode te achar arrogante ou engraçado.
Se você for uma daquelas pessoas (assim como eu) que profere ironias a todos e em qualquer momento, sugiro que segure um pouco esse teu ar irônico e tente ser mais claro no que quer dizer, depois que possuir uma certa ‘intimidade’ com o outro solte toda a sua ironia.
Esse ano, matriculei-me em uma nova escola e assim que fui conhecendo pessoas fui soltando minha ironia, o problema era que nem todo mundo me entendia e eu ficava como idiota, ou estranha. Mas agora que tenho mais intimidade com as minhas colegas de classe, elas me entendem melhor, e riem muito de quando eu sou irônica. 
A dica é que você adquira certo grau de amizade pra depois ser irônico, pelo menos é melhor do que ficar com aquela cara de idiota.