segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Dia Depois de Amanhã


Todo mundo tem medo, medo de escuro, medo da solidão ou de qualquer inseto minimamente asqueroso. Mas todas as pessoas devem ter medo de algo mais profundo, eu mesmo tenho medo imenso de perder os meus pais e por isso nunca penso na morte deles, ou como será o dia depois de amanhã.
Mas esse não é o medo real, porque ele não me faz pensar nas possibilidades que acarretaram após o acontecimento. Na verdade se tem medo do que vem depois, depois do escuro, depois da solidão ou de tocar naquele inseto nojento.
Na situação de estar tão feliz e ter imensas realizações durante um período e depois tudo declinar, eu acho que tenho mesmo é medo de declínios e de não conseguir me levantar depois disso. E isso é o que geralmente costuma acontecer depois de longos períodos de felicidade, quer dizer, deveria estar acontecendo. Isso ainda me remete as pessoas de grande sucesso em suas carreiras, será que elas têm medo do dia depois de amanhã? Ou pensam que se é sucesso é duradouro?  Não que eu seja uma pessoa de sucesso nem nada, mas as vezes a  vida nos surpreende com coisas que deixam parecer que não merecemos, mesmo que a luta para alcançar um objetivo seja relativamente grande.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Amor, O Poder.


Se eu pudesse agora eu gostaria de ter uma pizza e uma garrafa de vinho, uma casa na praia e um cantinho em ti, um daqueles que só se dá pra quem é especial e se quebra com facilidade.
Se eu pudesse agora eu gostaria de ter um teletransporte e quem sabe um jatinho para estar ai no cantinho da sua cama, enchendo-te de carinho, roubando pouco a pouco o vazio do teu amor e me apegando e fazendo você se apegar um pouquinho.
Se eu pudesse agora eu te chamaria pra dançar, contrataria uma orquestra extraordinária, aquela que tem os 10 hinos mais românticos de todo o universo e te deixaria para sempre tão perto para que a saudade não nos atingisse.
Se eu pudesse agora eu teria uma tarde de domingo só para ficar o dia inteirinho vendo filmes e ganhando um monte de carinhos, ouvindo a discografia do The Cure enquanto o teto gira.
Se eu pudesse te deixaria livre feito passarinho e preso no meu caminho, te faria dar risada igual aquele dia em que as piadas nunca acabavam e o tempo corria depressa.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ah, como eu queria!


Eu queria, aah sei lá. Conhecer lugares novos e pessoas diferentes. Mudar uma vida inteira, ser importante para alguém, ser diferente, fazer o bem. Queria experimentar sabores diferentes, ver paisagens mais bonitas, conhecer uma cultura rica.
Eu queria mesmo é desaparecer, evaporar. Sem ninguém pra me preocupar, sem nada pra fazer. Eu sei, isso pode parecer morrer. Não, eu não quero morrer. É tão confuso as vezes me entender.
 Então eu fico aqui vendo na televisão um reporter sensacionalista que derrama sangue nas vistas de todo o país.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Devaneio do Retrocesso


Essa noite sonhei que estava deitada nas asas de uma borboleta gigante, olhando o céu tardar rosa enquanto folhas verdes caiam no meu rosto, e algumas menores embaraçavam junto ao meu cabelo.

Dez da manhã- ATRASADA - relógio não despertou  

Olho no espelho e desejo nunca ter me conhecido e nunca ter conhecido esse mundo. Mundo urbano, sujo, deteriorado, esgotado, doente. Mundo, cidade cinza, pessoas tomando sol no asfalto enquanto outras praticam um assalto e sabe lá se alguém do outro lado do mundo está cometendo uma loucura chamada amor. Amor? Existe amor no planeta Terra? Se existir ele acontece menos do que qualquer crime. Porque? Porque o ser humano se tornou tão odioso. Então desisto dos meus devaneios, escovo os dentes, tomo meu café amargo e saio pra trabalhar como se o sonho da noite passada nunca tivesse existido.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Karina


Numa vida surreal onde o álcool impedia a disritmia e a escrita a libertava, Karina nunca deixava de sonhar. A dias acordará num mundo onde a vida era eterna. A eternidade da vida não fazia ela renovável, com baixo numero de natalidade não existia números que constatassem mortes.
Uma população de idosos e seus andadores a irritava por ser jovem em um universo de gente velha e sábia, onde escolhas eram tão pensadas e perfeitas que chegavam a ser utópicas. Ninguém a compreendia e a dose de vinho barato a fazia melhor por uma noite.
 Quando novamente acordava já estava em outro mundo onde a vida era renovável mas durava uma década, novamente não encontrava ninguém jovem , mais uma vez ela encherá a cara até cair e adormecer pela confusão que lhe fazia ser jovem e velha demais.
Karina transitava entre dois mundos onde ninguém a entendia e só a bebida lhe confortava, não sabia se estava viva, não sabia se era uma personagem delirante de outra mente ou se em algum universo paralelo estava em coma e aquele era o seu mais profundo pesadelo.
Então Karina escrevia em seu caderno cor de laranja esperando que a vida ficasse branca, clara, como um dia de sol. As vezes bebia tanto que no dia seguinte não conseguia ler o que escreverá na noite passada, mas era um prazer escrever e beber, era um prazer para esquecer.
Mas o que Karina esquecia era de ler tudo que escreverá até o exato momento e continuava a se perder entre o surrealismo que era sua mente. Parecia um labirinto gigante o que se passava dentro dela, com paredes feitas de revolta, chão acolchoado e macio, e o céu? O céu era branco e límpido como sonhava que deveria ser a vida.
Enquanto viajava de lá pra cá nesse universo percebeu a importância que seu caderno teria para resolver o mistério que se passava em sua cabeça. Antes de beber ou de escrever, apenas prestou atenção em si e no que tinha escrito. Quanto mais Karina lia mais ela entendia que para encontrar o equilíbrio entre os dois universos era os entender e então um terceiro universo equilibrado apareceria em sua mente e lá ficaria de vez.
Assim que terminou de ler, constatou que eternidade estaria em se arriscar em todas as oportunidades, fazer tudo valer a pena e fazer de uma vez, e que a vida era um segundo que passava bem rápido se mal aproveitada.
Karina não precisou mais beber, ela agora só precisava escrever para homenagear a vida passar num tempo comum, onde existiam crianças, jovens, adultos e idosos. Finalmente se sentiu em casa e descansou embaixo da árvore enquanto o sol queimava no céu azul e límpido.

domingo, 8 de julho de 2012

Sintaxe à Vontade

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Eu Diferente de Nós


Nunca achei que sofreria tanto com quem sou. Sempre estive segura de que era uma pessoa boa.
E de tão segura que eu era, achei que poderia fazer alguém mais feliz, mas até então não existia alguém .
Um dia aconteceu de eu saber que amava alguém mais do que eu, mais do que o mundo, colocaria minha mão no fogo, cegaria os meus olhos, mas sabia que amaria eternamente e que confiaria o mesmo tanto. De repente quem sou falou mais alto, o conceito de quem eu era ou talvez ainda seja.
Alguém egoísta? eu nunca teria percebido meus defeitos se não tivesse te conhecido e se não os tivesse usado para te machucar, eu nunca saberia que mudar é nescessário quando ha falhas no meu caráter.  Mesmo quando eu não tinha mais esperanças em mim você as tinha. 
Porque pessoas fracas sempre precisam de pessoas mais fortes para se apegarem? Como se a salvação do ser estivesse tão eminente no outro.
É ruim ver tudo que você mesmo causou, a jaula que se enfiou e a situação que nos coloquei.