sexta-feira, 2 de março de 2012

Sincronia Temporal

No começo era erro, amor, tropeço. O tempo desatinou num piscar de olhos e aqui fiquei com o meu erro, amor, tropeço. Inocente mas impulsivo, destrutivo mas perdoado.  O amor continuou erro, amor, magoa. E a gente empurrava com a barriga, ninguém admitia culpa de torturar o sentimento.
Como uma linha do tempo vários fatos se cruzaram, todo esse sentimento errado e causado por duas partes totalmente distintas e apaixonadas não pareciam nada diante das noites mal dormidas preocupada se você iria ficar bem,  se tudo o que fiz já fora esquecido, querendo o teu bem e pensando no que estaria fazendo naquele horário que não nos encontrávamos mais disponíveis a conversar e passar a noite juntos como costumávamos fazer.
Agora passo o dia todo com a mente ocupada, ora pensando em te ver, ora pensando em trabalhar. Anda tudo tão complicado, passado e comprimido. Tanto saudade, quanto amor, tanto amor que de saudade não posso mais agüentar.
O tempo mais uma vez nos deu uma rasteira, e minha cabeça gira em pensamentos sobre se estamos na mesma sincronia.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Em Todo Natal.

Em todo, sempre, não há exceções; eu lembro de como era bom. A mesa cheia de parentes, sorriso nos rostos, fartura. O que nem sempre era importante era quem estava presente, mas quem fazia especial do fim ao começo.
Quem me abandonou tão cedo e não sairá da memória facilmente.
E quando chega essa época na qual  ela era mais presente na vida de todos, mais especial e mais brilhante, sou eu quem sente por você ter passado em minha vida tão brevemente. Nenhum de meus primos será capaz de sentir uma gota deste oceano que eu sinto.
A mesa que ela preparava com capricho, o meu cabelo que penteava e aquele vestido amarelo que gostavas tanto, o cheiro de canela que invadia o quarto todas as manhãs, até o seu beijo de ''boa noite' que me dava no rosto. Eu guardei, eu vou guardar tudo isso. Quem sabe me torne mais forte, amanhã ou depois.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vem cá, meu ciumento favorito. Deixa eu te mostrar porque és único.

Coloca a mão no meu peito, sinta o quão rápido meu coração pode acelerar e desacelerar, só de estar perto. Talvez isso não seja só besteira adolescente, talvez isso seja um sentimento infindável que carrego aqui.

Então garoto, não tenha medo, não tenha ciúmes. Sou tão tua, quanto você é meu. Confia no que pode sentir que posso te fazer confiar no que nunca sentirás também.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Inspiração Noturna, Pedaços de Amor, Pedaços de Vidas.

''Eu quero construir castelos de areia com você, que as ventanias sejam fracas. E que o castelo seja fortificado. Para que dure, ao sempre.''

''Enquanto crescemos juntos, parece que não pudemos adquirir a mesma força. Porém adquirimos a mesma realidade. Cada um, cada lugar''

''As pessoas me procuram pra falar de seus problemas, e eu só ouço. As vezes fingindo que tá tudo bem, as vezes estando tudo bem mesmo.''

''Ao eterno ficarás, ao eterno até que as luzes se apaguem,e os aplausos á um filme de amor façam jus a nós. Eu e você, de mãos dadas, no fim.''

''Meu tempo era teu,assim como o seu era meu. Não havia espaço para tanta frustração.Sempre mantendo os pés no chão, caminhando em sua direção''


''Parecia ou era uma linha tênue que separava romance de fragilidade?''

''As pessoas não me ouvem, e eu não as ouço mais. Onde eu cheguei, que escuridão mental é essa?''

''Desejaram um tal de elemento químico que não tinha na tabela, despejaram tudo em mim. Agora que eu sei, é o amor.''



''Nem cura pra Aids, nem cura pro cancer. As pessoas procuram mesmo cura para a tristeza, a desilusão. A cura para o choque com a realidade.''

''Nem o maior frio que te faça desistir, mas a grande queda parece incurável.''


''Só quero saber se a tua noite de sono foi boa, se você se alimentou bem. Se a felicidade ainda está em suas entranhas, se o sorriso jovem ilumina a madrugada''


''Mas é que a gente espera sentado até o amor chegar. Depois fica em pé e tudo começa a girar. Assim que lhe dou as minhas mãos aprendo a andar.''

sábado, 12 de novembro de 2011

Curto, pequeno, sucinto, conciso.



Mexia comigo como se fosse um furacão, devastando-me.
E fui entrando na dança, fui entrando naquele abismo de ventania. Quanto mais ia caindo, mais eu ia me preocupando com o que encontraria no fim daquele tunel feito de vento. Quanto mais eu pensava, mais certeza eu tinha de que eu podia encontrar tudo ou nada.


sábado, 22 de outubro de 2011

Degrau por Degrau.


Eu queria degraus, algo para escalar e quando chegasse ao topo e eu pudesse dizer  ‘eu venci  essa tristeza que me corroía’. Eu sei que leva tempo, derrama um pouco de sangue. Mas tem sido diferente, pelo menos para mim.

Os primeiros degraus eram tortuosos, cheios de ciúmes e raiva; muito destrutivo.
Enquanto fui crescendo e minhas pernas foram alcançando o outro bloco, fui deixando pra trás tudo isso que me fazia mal, fui deixando lembranças no passado. E mesmo que algumas ainda me assombrassem, eu ia em frente, crescendo, aumentando a minha perna, para que pudesse elevar quem sou a outro patamar. Assim que cheguei, que consegui subir esse degrau, senti tontura e muitas coisas voltaram. Tentei, escalei novamente e aquela tontura também havia ficado para trás. Nesse degrau  tinha muitas coisas da qual eu me envergonhava, das quais eram necessárias desculpas diretas, para que minhas pernas novamente crescessem.
Então me fui em direção ao topo, degrau por degrau, num caminho sofrível, cheio de tempestades, oásis e passarinhos. 

Nem tudo foram rosas, nada são rosas. Ainda mais aquelas que você pode cheirar, e experimentar no cabelo, consigo elas trazem sempre o veneno. Mas aquela em que você apenas pode admirar, meio que de longe, essa sim me traria a paz. Isso me tornou respeitosa com quem eu sempre quis esquecer, e fez com que fosse minha rosa. A qual eu admiraria bem de longe, respeitaria e se necessário fosse faria de tudo para não murchar, se minha rosa se adoentasse, eu correria, e cuidaria com todo o amor que guardei enquanto escalava degrau por degrau.