sábado, 22 de outubro de 2011

Degrau por Degrau.


Eu queria degraus, algo para escalar e quando chegasse ao topo e eu pudesse dizer  ‘eu venci  essa tristeza que me corroía’. Eu sei que leva tempo, derrama um pouco de sangue. Mas tem sido diferente, pelo menos para mim.

Os primeiros degraus eram tortuosos, cheios de ciúmes e raiva; muito destrutivo.
Enquanto fui crescendo e minhas pernas foram alcançando o outro bloco, fui deixando pra trás tudo isso que me fazia mal, fui deixando lembranças no passado. E mesmo que algumas ainda me assombrassem, eu ia em frente, crescendo, aumentando a minha perna, para que pudesse elevar quem sou a outro patamar. Assim que cheguei, que consegui subir esse degrau, senti tontura e muitas coisas voltaram. Tentei, escalei novamente e aquela tontura também havia ficado para trás. Nesse degrau  tinha muitas coisas da qual eu me envergonhava, das quais eram necessárias desculpas diretas, para que minhas pernas novamente crescessem.
Então me fui em direção ao topo, degrau por degrau, num caminho sofrível, cheio de tempestades, oásis e passarinhos. 

Nem tudo foram rosas, nada são rosas. Ainda mais aquelas que você pode cheirar, e experimentar no cabelo, consigo elas trazem sempre o veneno. Mas aquela em que você apenas pode admirar, meio que de longe, essa sim me traria a paz. Isso me tornou respeitosa com quem eu sempre quis esquecer, e fez com que fosse minha rosa. A qual eu admiraria bem de longe, respeitaria e se necessário fosse faria de tudo para não murchar, se minha rosa se adoentasse, eu correria, e cuidaria com todo o amor que guardei enquanto escalava degrau por degrau.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Centopéia Humana


A Centopéia Humana.
Duas lindas meninas americanas estão em uma viagem pela Europa. Na Alemanha, elas acabam sozinhas à noite com um carro quebrado no mato. Eles procuram por ajuda e encontram uma moradia isolada. No dia seguinte, elas acordam aprisionadas no porão da casa, uma clínica improvisada assustadora, junto com um japonês. Um homem mais velho alemão identifica-se como um cirurgião aposentado especializado na separação de gêmeos siameses.No entanto os seus três “pacientes” não estão prestes a serem separados, mas unidos em uma operação horrível. Ele pretende ser a primeira pessoa a ligar as pessoas através do seu sistema gástrico, a sua fantasia doente de criar “a centopéia humana”..


A Centopéia Humana II.
A sinopse de A Centopéia Humana II ainda não saiu, mas vendo o Teaser no vídeo, dá pra sentir um pouco do que vem pela frente: terror, nojo, angustia, etc.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Insentimental

Shirley nunca sentia nada, desde que se entendeu por gente. Nunca ódio, amor, medo, insegurança, ansiedade. Nada.
Ela ia para todo lugar, em busca de algo que não sabia o que era. Ia aos restaurantes na Itália, vinha ao Brasil para o carnaval, ia ao Central Park em Nova York, e visitava as belas paisagens da Cidade Luz. Mas nunca, nunca conseguia sentir, nem por um instante.
Acordou, escovou os dentes, lavou o rosto. Tomou o café da manhã, se arrumou. Saiu e foi ao parque caminhar, para ver se sentia pelo menos um bem estar no vento fresco da manhã. Não, ela não sentia nada. Sentou num banco, ficou observando todas aquelas pessoas felizes, namorados, amigos, famílias e todas aquelas pessoas que passavam por ali sorrindo. Então fixou seu olhar em um rapaz não muito jeitoso, de terno, com os cabelos bem arrumados, e com uma meia listrada e outra roxa. Shirley se perguntava: - Por quê? Por que tanto interesse? Continuou olhando toda interessada, quando finalmente não se via mais o rapaz, levantou-se e foi para a casa, com aquela indagação que martelava em sua cabeça. Shirley sabia que estava sentindo algo, mas não sabia o que era. Era um pouco de curiosidade, um pouco de interesse; mas não, ela não sabia o que era isso.
Então todos os dias levantava cedo para ir ao parque observar o rapaz, certo dia o seguiu até em casa, de tanta curiosidade que estava. O rapaz, ainda de nome misterioso percebeu que Shirley o seguia, então a surpreendeu quando ela estava escondida atrás de uma árvore, e perguntou: -Porque me segue? Ela bem sem jeito logo respondeu: -Nada, nada                                             
Os dois ficaram por ali, conversando durante um longo tempo. Trocaram telefones,  conversaram sobre suas vidas, e se apresentaram: Shirley, Jean, Jean, Shirley.
Pela primeira vez Shirley sentiu vergonha, medo, bem estar e animação.
Logo cedinho, no outro dia. Ela acordou, ficou ao lado do telefone o dia inteiro com a sensação de talvez “será que ele me liga, será que não”. O telefone tocou, e uma sensação de alivio lhe tomou o corpo inteiro. Atendeu o telefone, receosa porém feliz. Quem falava era Jean, a convidando para sair. Shirley, logo aceitou, aceitou no impulso de alegria que enchia os olhos de cor e brilho.
Encontraram-se no parque da cidade, se divertiram muito naquele parque de cidade pequena. No fim da noite Jean a levou para casa, e um beijo sob o luar que iluminava a rua pediu a ela. Shirley, com dezoito anos nunca havia beijado ninguém antes. Ficou insegura, mas aceitou. Seguiu a curiosidade, alegria, desespero, insegurança que sentia, seguiu e foi embora. Pegou carona com o amor e nunca mais sentiu o vazio. O que sentia por Jean, enxia a casa de brilho, e todos as noites a lua iluminava o pequenino apartamento onde moravam, que cheia de amor e alegria se diferenciava dos outros lares.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Da Fraqueza Humana

Ouvindo Led Zeppelin em uma aula de matemática, onde adolescentes parecem vir do jardim da infância, e as matérias do primário. A futilidade das garotas que sentam do outro lado da sala me incomoda, mas não posso fazer nada. 

Por enquanto que ouço Starway to Heaven, sinto o mundo desabar atrás de meus ombros, como se todo o problema, caos e destruição estivesssem lá, ouço me chamarem para encara-los de frente, a maior realidade, encarar. Me nego a ir lá, sou fraca demais. Pois sempre acho que meus problemas são maiores do que posso suportar.Enquanto há pessoas que sofrem mais e vivem bem, por não  acharem seus problemas maiores do que possam carregar.

Sou fraca, sou muito debilitada. Sempre tenho medo, sempre me escondo no egoísmo, não consigo mais tirar essa capa, não consigo viver.
Talvez eu acabe velha e amargurada, mas não desejo isso.
Tenho que me levantar e lutar contra o que sou, e o que não sou. Virarei a minha própria heroína

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Escrevendo sobre algo que não sei

Estou confusa, não sei o que escrever. Não sei se sento e me conformo, ou se continuo acreditando no que me fará feliz. É difícil, assim que conhece todos os teus erros, é difícil. Não saberei se existirá algo melhor reservado pro futuro, ou se serei uma daquelas velhas solitárias, gordas com um zilhão de gatos. E se nada der certo? E se tudo der certo? isso vai depender do conjunto de escolhas que farei, e ele chama-se futuro. Mas nada como os dias passando, os meses passando e a vida continuando. E as coisas que te fizeram sofrer ficarem pra trás. Mesmo que o futuro não seja ótimo, esperarei pelo melhor.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

As vezes são coisas que machucam o coração,
que apertam as cicatrizes.
Coisas que são em vão.

As vezes são só coisas que guardamos,
e fingimos esquecer.
Mas quando tudo isso se junta,
pagamos pra ver, qual é a do coração.

Acabamos que ficamos sem eira e nem beira.
E para quem falar que passou, e esqueceu,
será aquilo que eu chamo de asneira.

sábado, 3 de setembro de 2011

Xinga, grita,  bate, quebra, deita e chora.
E nada ameniza os machucados profundos no coração
Vive, pensa, crê, sorri, fala, curte, ouve, namora, tem amigos.
E os machucados cicatrizam, mas ainda estão lá.
Fala neles e dá risada,
mas as cicatrizes nunca somem totalmente.
Essa é a vida, cheia de piadas que um dia não tiveram a maior graça.