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segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Eterno Turista


Há muito tempo eu vivia integrada a um grupo social, amigos, bebidas, festas, paqueras, piadas, etc. E de certa forma eu me sentia em casa, eu me sentia livre para ser o que eu era, e dificilmente algo me aborrecia, dificilmente você me veria com cara de quem está com fome.
Chegava em casa e me sentia parte da família, conversas, sinceridade, companherismo,  piadas, enfim familia. E me sentia bem, como se nada pudesse me atingir enquanto estivesse em casa, e se me atingisse eu poderia recorrer a quem sempre me deu apoio e carinho.
Então eu te conheci e muitas coisas mudaram na minha vida, começaria a perceber que eu conseguiria ser realmente quem eu sou, somente contigo. Felicidade tamanha crescia dentro de mim quanto mais te conhecia e quanto mais eu me mostrava, eu não me sentia em casa, eu não me sentia integrada a um grupo social, eu só me sentia livre para ser quem eu era. Mas como toda história tem um fim, você se foi e eu fiquei aqui, esperando e esperando.
Já não sei mais como ser na frente dos outros, eu já nem sei mesmo quem eu sou. Não sei mais manter uma conversa com alguém, nem mesmo com a minha família.
Tenho meus amigos, tenho minha família, eu venho, eu vou, mas não existe nenhum lugar como ao seu lado, não existe nada mais confortante do que seu abraço, nada melhor do que seu sorriso ao acordar.